segunda-feira, 4 de março de 2013

Cientistas anunciam primeiro caso de cura funcional da Aids


ciência

Bebê é curado do HIV nos EUA e o que isso muda na luta contra o vírus



Pela primeira vez na história um bebê foi curado do HIV, vírus causador da aids. Segundo os médicos, uma criança nascida no Mississipi, nos EUA, foi tratada com remédios usados no tratamento da doença e foi comprovado em cinco testes que ela tornou-se HIV-negativa.
A mãe é HIV-positiva e transmitiu o vírus ao bebê. Menos de 30 horas após o parto, a menina foi tratada com os três medicamentos atualmente utilizados no tratamento. Este método agressivo fez com que o virus fosse aniquilado antes mesmo que começasse a atingir o sistema nervoso. Cinco testes foram feitos para que o anúncio da cura fosse feito.
Segundo o New York Times, ainda serão precisos estudos posteriores para comprovar que o método funcionará em outros bebês. A notícia, no entanto, traz um outro panorama para a luta contra a aids no mundo. A ONU estima que 330.000 bebês foram infectados em 2011 e que 3 milhões de crianças em todo o mundo tenha o vírus.
A Dra. Deborah Persaud, uma das autoras do relatório sobre o bebê nos EUA, disse que estudos mostraram que a criança estava, de fato, infectada. Isso é importante para mostrar que curar a infecção do HIV é possível através dos medicamentos atualmente disponíveis. Ainda é apenas um caso, e não a cura completa, mas já mostra avanços.
Antiretroviral-HIV-medicines-via-AFP
Hoje em dia, pacientes em tratamento com remédios apresentam uma carga viral indetectável após algum tempo. No entanto, o vírus segue no organismo, mas controlado e sem causar danos ao sistema imunológico. No caso do bebê americano, a aplicação dos remédios foi interrompida, mas ainda assim não foi encontrado carga viral do HIV no organismo, o que confirmou a aniquilação.
Existe apenas um outro caso de cura do vírus. Em 2007, um paciente que também sofria de leucemia realizou um transplante de medula com um doador imune ao HIV. Testes mostraram que ele se curou da infecção. [Via Guardian,NYTimes]

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